domingo, 19 de abril de 2009

EU SOU A LUZ DO MUNDO - VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO


Em 1985, fui descoberta por um livro - Eu sou a luz do mundo, vós sois a luz do mundo, uma selecção de textos de Huberto Rohden, editado pela Fundação para o Desenvolvimento do Homem Integral.

Huberto Rohden, nasceu em Tubarão, Santa Catarina, Brasil, em 1893 e faleceu em S. Paulo em 1981. Formado em Ciências, Filosofia e Teologia em Universidades Europeias (Áustria, Holanda e Itália. No Brasil trabalhou como professor, conferencista e escritor. Publicou mais de 60 obras sobre ciência, filosofia e religião. Nunca esteve filiado a nenhuma igreja, seita ou partido político. Fundou e dirigiu o movimento mundial «Alvorada», cuja sede é em S. Paulo. Em 1976, esteve em Portugal para fazer conferências sobre auto-conhecimento e auto-realização.

Volvidos todos estes anos (24), reencontrei-me com o livro. Re-li alguns textos. Escolhi dois, boa reflexão:

Se não jejuares em face do mundo, não achareis o Reino;
se não guardares o sábado como sábado, não vereis o Pai.
Frases tão inigmáticas como estas fazem lembrar Lao-Tse no seu Tao. Pela tradição, consta que Tomé esteve na Índia, e na Catedral de S. Tomé, em Madras, existe o seu túmulo.

Que é jejuar em face do mundo?

Que é guardar o sábado como sábado?

Jejuar é abster-se do alimento. Jejuar em face do mundo é abster-se das coisas do mundo. Quem se alimenta das coisas do mundo material sem as transformar é um homem profano, e não um homem espiritual.
Quem não guarda o dia do descanso para dar descanso ao ego e activar o Eu, esse não celebra devidamente o dia do descanso.
Jejuar e descansar não quer dizer necessariamente fugir, abandonar; mas sim libertar-se da tirania do mundo, mesmo vivendo no meio do mundo. O semi-iniciado tem de abbandonar o mundo para não sucumbir ao mundo.
O profano vive no meio dos impuros.
O semi-iniciado vive puro longe dos impuros.
O pleni-iniciado vive puro no meio dos impuros.
O primeiro é como lama.
O segundo é como a água.
O terceiro é como luz.
«Vós sois a luz do mundo».
No princípio, o homem é ego-pensante, ego-vivente, ego-agente - profano.
Depois ele se torna cosmo-pensado, cosmo-vivido, cosmo-agido - o místico.
Por fim o homem se torna cosmo-pensante, cosmo-vivente, cosmo-agente - o homem cósmico, crístico.
Jejuar em face do mundo é viver no meio do mundo profano sem se mundanizar, nem se profanizar.

***

Um homem tinha dois filhos...

A rainha das parábolas de Jesus, chamada, geralmente, a do filho pródigo, não devia ser focalizada num capítulo como este, mas numa obra monumental; porque esta parábola representa um dos mais estupendos documentos do drama multimilenar da evolução do homem rumo a Deus.

O que, em geral, se diz desta parábola, nas igrejas e nos colégios, é apenas o aspecto moral da mesma - mas, por baixo dessa conhecida superfície, se estende a incomensurável profundidade cósmica que só uma intensa intuição espiritual pode atingir em silenciosa vivência.

Quem é esse jovem inexperiente que deseja abandonar a casa paterna?

Quem é esse pai que não tenta dissuadi-lo do seu intento com uma só palavra? E por que não aparece nenhuma mãe a chorar?

Por que o ai não pede ao menos que o jovem aventureiro lhe deixe o endereço do seu paradeiro? Por que, durante a longa ausência, não lhe manda um mensageiro para saber da sua situação?

Nada disto acontece. A parábola do filho pródigo está envolta em mistério e permeada de enigmas. Tudo que a nossa inteligência analítica teria esperado acontecesse não acontece - e nada daquilo que acontece teríamos esperado. É que essa parábola é, mais que qualquer outra, obra de gigante e de génio.

O perfeito paralelo desta parábola se encontra nas primeiras páginas do Génises - Moisés e o Cristo traçam o roteiro eterno da humanidade em evolução, esses dois intérpretes máximos do sub e superconsciente da humanidade. Diz Moisés, no Génises, que o homem do Éden transpôs a fronteira dessa sua vida subconsciente e entrou na zona ego-consciente, graças ao despertar da «serpente» da inteligência. É a história da egoficação luciférica do homem, mais tarde completada por sua cristificação espiritual.

É o drama telúrico-cósmico de Lúcifer e Lógos, a trajectória da inteligência e da razão.

Quando a inteligência desperta no homem, começa ele a afastar-se da «casa paterna», inicia o seu movimento centrífugo, porque sente o despertar da sua personalidade, daautonomia do ego personal, que só se pode desenvolver plenamente no longínquo ateísmo de uma separação consciente de seu centro.

Nesse estágio evolutivo sente o homem a imperiosa necessidade de proclamar em cheio a sua independência, o seu afastamento da escravizante soberania de Deus - falou a «serpente», e o homem lhe escutou a voz sedutora. O homem abandona o Éden da casa paterna, na crescente consciência do seu ego luciférico, e ainda longe do seu Eu crístico.

E começa o grande drama da evolução luciférico-crística, através do qual alguns conquistam o mais alto Everest do Himalaia, ao passo que outros se enamoram das sedutoras esplanadas da montanha ou perecem nos tenebrosos precipícios que a rodeiam...

O «filho mais jovem» do pai reclama a «porção de substância» a que tem direito, diz a Vulgata latina; o texto grego do primeiro século diz que o jovem reclamou «epibállon tés ousías», literalmente: «o que convém à natureza».Que conveniência é essa que o jovem reclama? É aquela parte da sua «ousia» (natureza) que exige evolução longe da casa paterna, isto é, o ego personal, o ego separatista, o Lúcifer, dormente na natureza humana.

E o pai entrega ao filho a porção da sua substância, o elemento, personal para que vá e o desenvolva, segundo as eternas leis da Constituição Cósmica. O pai não protesta, não incrimina, não dissuade o filho, porque sabe que assim deve ser. Também, comom poderia Deus protestar contra as suas próprias leis? Como poderia ele poribir o home de cometer a «félix culpa» e o «peccatum necessarium» (como diz a liturgia da Páscoa) de abandonar o Éden da sua primitividade inconsciência, cair no meio dum campo de «espinhos e de abrolhos» e, por fim, «esmagar a cabeça da serpente rastejante» para ser remido pela «serpente erguida às alturas»?...

E o jovem aventureiro lá se vai, firme e confiante, em demanda de «um país desconhecido» - a zona incógnita da personalidade, da autonomia do ego. Que região sedutora!...

E com isto principia a «vida dissoluta» e o «esbanjamento da substância» que levara da casa paterna. Esbanjar de facto essa substância não o consegue, geralmente, o homem; extinguir totalmente em si o elemento divino, é difícil. Mas o homem, nas vias da evolução personal, se esquece complacentemente da sua verdadeira «ousia» (natureza) divina e se porta como simples personalidade humana, autónomo. O ego humano, porém é formado de corpo e mente. O corpo exige satisfações carnais; a inteligência se identifica com seus pensamentos de orgulho.

Passam-se longos anos no plano dessa evolução físico-mental. O homem atinge o extremo limite das suas satisfações; esbanja tudo - e então lhe sobrevém a grande fome de uma incompreendida insatisfação, não só com o mundo, mas sobretudo consigo mesmo. Mas o homem não sabe ainda com que encher esse vácuo; já sente, e cada vez mais dolorosamente, a insatisfação das coisas, dos sentidos e do intelectuo, mas não encontrou ainda o objecto de uma verdadeira satisfação e felicidade.

Então tentou o jovem aventureiro em terra estranha conquistar a felicidade agarrando-se -o texto grego diz «aglutinando-se», a Vulgata diz: «aderindo» - a um cidadão daquela terra flagelada por terrível carestia. Como um náufrago se agarra a uma prancha em pleno mar, assim se agarrou esse náufrago do ego à primeira tábua semipodre que pôde apanhar. Esse cidadão a que o filho pródigo se agarrou era habitante antigo nessa terra, algum invetebrado egoísta, que já não tinha a possibilidade de sentir a sua infelicidade, e era por isto horrorosamente feliz em sua matéria...

Mas esse velho cidadão satisfeito consigo mesmo, graças a sua obtusidade espiritual, não pôde transferir a sua infeliz satisfação para o infeliz insatisfeito que a ele se agarra; neste grande naufrágio, esse jovem não estava ainda suficientemente fossilizado no seu egoísmo para não sentir a sua profunda infelicidade. O velho egoísta satisfeito manda o jovem egoísta insatisfeito para a sua granja, com a ordem de lhe guadar os porcos. Mas as vagens indigestas que os porcos comiam não eram alimento para a fome do jovem. Por algum tempo, sentado no meio da imunda manada, andou ele invejando o crepitante apetite com que os suínos mastigavam o seu grosseiro repasto - e veio-lhe o desejo de pelo menos «encher a barriga» - implere ventrem suum, como diz cruamente o texto - já que não podia matar a fome com as vagens que davam pelna satisfação aos irracionais. Talvez os porcos não fossem felizes, cismava o jovem, mas ao menos não eram infelizes como ele. Tenta então camuflar com ilusões temporárias a sua infelicidade e narcotizar artificialmente uma voz interna que não lhe dava sossego. Mas não havia quem lhe desse essas vagens dos irracionais. Ele, o ser humano, não poddia involver, regredir ao plano dos seres inconscientes e gozar da infeliz felicidade que eles gozavam...
E essa possibilidade de inovação animalesca foi para o jovem o maior dos benefícios. Descer abaixo do nível do ego não lhe era possível; ficar nesse nível era-lhe insuportável tortura - resolveu então ultrapassar o seu próprio plano e evolver em vez de involver ou estagnar...
Seria de esperar que aquele cidadão que o contratara lhe desse pelo menos como passadio as vagens que os porcos comiam, mas, diz o Mestre admiravelmente, que tal não aconteceu. Nem podia acontecer! Ninguém dá o que não tem. Como podia aquele velho egoísta, auto-complacente e satisfeito consigo, dar satisfação ao jovem egoísta, insatisfeito com o que era?...
E foi nesse transe doloroso, humilhante e angustiante, que aconteceu o mais glorioso dos prodígios: o jovem pastor de suínos «entrou em si mesmo». Depois do egresso da casa paterna, faz o ingresso para dentro de seu próprio Eu, preparando o regresso para a sua definitiva redenção. Entre o egresso e o regresso está invariavelmente esse misterioso ingresso, esse «caminho estreito», essa «porta apertada», esse «fundo de agulha»; quem conseguir passar os desfiladeiro está salvo.
«Entrou em si mesmo», pela primeira vez na vida, porque até essa data tinha ele estado fora de si, andando num círculo vicioso ao redor de si, pela periferia do ego físico-mental. Depois de tantas evasões centrífugas, o jovem iniciando realiza, finalmente a feliz invasão centrípeda; ultrapassa o ego humano e encontra-se com o seu Eu divino!...
E terminou o ocaso em plena alvorada!...
E logo despontou na sua alma a verdade sobre si mesmo. Desanuviaram-se os horizontes... Dissiparam-se as trevas ... Houve um grande «fiat lux»...
E fez-se luz... O jovem viu claramente que ele não era escravo daquele tirano que o mandara guardar os porcos, nem era pastor de animais imundos; viu que isto não passava de funções temporárias e fictícias da sua humana personalidade, mas era a verdadeira natureza da sua divina individualidade, do seu ser real... Verificou, com exultante surpresa, que ainda não esbanjara totalmente o «quinhão da sua natureza», era ainda filho daquele pai que abandonara; a centelha divina, que tanto tempo dormia sob as cinzas, acabava de romper em vívida chama, ao sopro da tempestade...
Conheceu a verdade sobre si mesmo - e a verdade o libertou...
Terminado o período egressivo do seu ego luciférico - começa o período regressivo do seu Ego crístico...
E a luz da verdade foi seguida de perto pela força da realidade prática.
Levantou-se, deixou os porcos e seu velho tirano - e foi em demanda de seu pai. Este lhe corre ao encontro; por sinal que esperava o filho e tinha a certeza de seu regresso. Abraça-o, beija-o, manda vestir-lhe a preciosa túnica, põe-lhe no dedo um anel e calçado nos pés - e segue-se grande solenidade, com banquete, música e bailados, isto é, todas as manifestações de alegria e júbilo pela plena realização de um homem.
Nisto chega do campo o filho mais velho e, sabendo que se tratava, recusa-se a tomar parte nos festejos. Tenta o pai persuadi-lo da conveniência da solenidade, mas o filho continua inflexível: nada compreende do lado positivo do acontecimento; enxerga apenas o aspecto negativo e lembra que ele, há tantos anos, serve o pai em perfeita obediência, e este nunca lhe dera um cabrito para ele celebrar um banquete com seus amigos.
O pai lhe fala no «irmão» dele; o despeitado, porém, só lhe chama «teu filho». E não tem ele razão? Jã não existe afinidade entre os dois, entre o profano e o iniciado, entre o homem que espera recompensa por ser bom e aquele que é bom por amor.
Não basta cumprir os mandamentos do Pai, não basta evitar o mal, e praticar o bem - tudo isto é necessário, mas não é suficiente para a plena realização do Eu - é necessário ser bom, que é incomparavelmente mais do que fazer o bem. Fazer o bem é do plano moral, indispensável como preliminar; é ainda a ética pré-mística sacrificial mercenária, que espera ser recompensada - o iniciado, porém que é intimamente bom, não espera nada disto - ama simplesmente e é feliz nesse amor.
E assim termina o Mestre a mais profunda das suas parábolas - a parábola sobre a auto-realização ou cristificação do homem, que percorreu todos os estágios da sua evolução e culminou no homem integral.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo
qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.
Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 13 de abril de 2009

No ano passado, já não sei precisar em que dia e mês, apresentei na Associação Espírita de Lagos, um trabalho resultado de um interesse muito grande em perceber o que era exactamente a Cura Quântica.

Essa curiosidade ficou depois de ter feito um “curso” onde ouvi falar de muita coisa que já sabia e de outras que me deixaram de pé atrás e de outras ainda que desconhecia. Entre elas, a razão pela qual me desloquei à Ericeira, não tendo contudo, ficado para mim, muito claro essa coisa da “Cura Quântica”.

Depois de muita procura, tentativa de contactos com quem, julgava eu, poderia esclarecer-me, e a qual não me responderam, vim a encontrar na internet a resposta à minha “sede” de conhecimento.

A resposta que eu procurava veio através do livro “Cura Quântica”, do Dr. Deepak Chopra, médico indiano, que foi chefe de equipa do New England Memorial Hospital; Presidente-fundador da Associação Americana de Medicina Védica; Director do Maharishi Ayurveda Health Center em Lancester, Massachusetts e também Professor-assistente de Ciências Médico-sociais na Escola de Medicina da Universidade de Boston. E é também um dos idealizadores da Cura Quântica. Conferencista e escritor com várias publicações.

Excelente livro! Escrito de uma forma simples com o rigor científico de um médico.

Para perceber o que era isso de quântica e física quântica pesquisei de novo na internet (para mim é a actual Biblioteca de Alexandria). E no You Tube, com a ajuda do “Dr. Quantum”, um bonequinho simpático que explica a física quântica às crianças, pude entender a esse nível esse mundo de possibilidades.

E já tinha ouvido falar do filme “Quem somos nós?”, baseado nas ideias do Dr. Amit Goswami, físico indiano, professor de Física na Universidade de Oregon, nos Estados Unidos.

O resultado dessa procura resultou no trabalho apresentado na Associação Espírita de Lagos, e que agora coloco no meu blogue.

O trabalho apresentado está dividido em três partes: a primeira, o Universo onde vivemos não é único – a física quântica; a segunda, a física quântica e a espiritualidade; e por último, a cura quântica.

O texto é uma composição das informações que obtive. Algumas delas adaptadas à minha compreensão. São essencialmente frases-chave que a partir delas fui desenvolvendo a minha compreensão e o meu pensamento. Outras partes do texto são reflexões minhas.

Muito sinceramente este trabalho já não está actualizado. Tenho que o refazer porque entretanto obtive outras informações que me trouxeram outros conhecimentos, outras reflexões.

Mas por ora, publico este. A partir daqui, procurem mais, reflictam e passem a informação!


I – O UNIVERSO ONDE VIVEMOS NÃO É ÚNICO

Em 1920 os cientistas tentaram dar sentido a uma desconfortável descoberta.

Quando tentaram demarcar a exacta localização de partículas atómicas como o electrão, descobriram ser totalmente impossível.

As partículas realmente têm a possibilidade de alguma forma, estarem em mais de um lugar ao mesmo tempo.

A única explicação que poderiam reter era a de que as partículas não existem apenas no nosso Universo.

Elas migram para a existência em outros Universos também, e existem um número infinito destes Universos paralelos, todos eles ligeiramente diferentes.

Essencialmente, todas as possibilidades podem acontecer em um desses Universos alternativos o que significa que sobreposto ao Universo que conhecemos está um Universo alternativo.

Em 1980 deu-se mais uma revolução na física.

Uma das ideias era a mais revolucionária de todas. Tinha a ver com cordas.

Ela teve início quando os físicos declararam que a matéria é feita a partir de partículas. Durante anos acreditou-se que toda a matéria no Universo era constituída por partículas minúsculas e invisíveis.

Os físicos descobriram que estavam a estudar as partículas de modo errado.

As partículas eram na verdade cordas minúsculas e invisíveis.

A teoria foi chamada de Teoria das Cordas.

Dizem os cientistas: Você pode pensar nelas (nas cordas) como a corda de um violino ou de violão.

Se você puxá-la de um modo você obtém uma certa frequência, mas se puxá-la de outra forma pode-se obter mais frequências nessa corda e na verdade você tem diferentes notas.

A Natureza é feita de todas estas pequenas notas, as notas musicais, que são tocadas nestas super cordas.

De repente percebemos que o Universo é uma sinfonia e as leis da física são harmonias de uma super corda.

Depois de muitos estudos, pesquisas e controvérsias, os cientistas de repente em todo o mundo, acotovelavam-se sobre a 11ª. Dimensão, tentando resolver velhos problemas e, de todas as vezes parecia que a explicação perfeita era outro Universo paralelo.

Em todo o lugar que procuravam pareciam encontrar cada vez mais. Em cada canto da 11ª. Dimensão os Universos paralelos emergiam.

O último entendimento do multi-universo, é que possa haver um infinito número de Universos cada um com diferentes leis físicas.

O nosso Universo co-existe com outras membranas, outros Universos que também estão no processo de expansão.

O nosso Universo poderia ser apenas uma bolha flutuando num oceano de outras bolhas…

HÁ MUITAS MORADAS EM CASA DO MEU PAI

Há uns anos atrás, mais precisamente em 1994, numa ida à Biblioteca, houve um livro que chamou por mim: Moradas, escrito por Teresa d’Ávila. Um livro interessantíssimo!

Se calhar, para algumas pessoas, não muito fácil de entender por ser escrito numa linguagem simbólica, muito mística.

A finalizar o livro, a autora diz o seguinte: “Só tratei de sete moradas, mas cada uma contém muitas outras – em baixo e em cima e dos lados – com lindos jardins, fontes e labirintos, coisas tão deleitosas que desejareis desfazer-vos em louvores do grande Deus que criou este castelo à sua imagem e semelhança”.

Esta frase sempre me ficou registada na minha mente. Sempre a achei interessantíssima. Entendi que se referi a várias dimensões de vida. Mas depois desta pesquisa que fiz e depois de perceber a física quântica e as possibilidades que oferece e da descoberta feita pelos cientistas, então, esta afirmação de Teresa d’Ávila, escrita em 1577, fez todo sentido.

Esta mulher, de uma sensibilidade mediúnica extraordinária, no século XVI já se referia a universos paralelos. O seu livro é de tal forma maravilhoso, que se entende e lê em várias dimensões.

Mas, muito antes dela, Jesus, já afirmava que, em casa do Pai havia muitas moradas.

A ciência aproxima-se a passos largos de Deus. E se já hoje não são os religiosos que estão próximos de Deus, mas sim os físicos e os biólogos, amanhã, ciência e Deus estarão mais próximos do que nunca. Se é que alguma vez estiveram afastados!
II – FÍSICA QUÂNTICA E ESPIRITUALIDADE

A física quântica é um ramo da ciência que estuda partículas atómicas e subatómicas e que, segundo Amit Goswami, professor de Física da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, pode ser útil na busca da felicidade.

Goswami propõe a integração entre a ciência e a espiritualidade. As suas ideias inspiraram o filme – Quem somos nós? E neste filme fala-se da possibilidade de alterar a realidade com o pensamento.

Goswami considera-se um “activista quântico”. E segundo ele, ser-se um activista quântico é utilizar os conhecimentos da física quântica para transformar a vida, a realidade e o mundo à sua volta.

A física quântica é a ciência das possibilidades.

Ao nível subatómico existem partículas chamadas protões, electrões, neutrões, e outros …

Quando um electrão muda (pula) para uma órbita menor, ele dispensa uma quantidade de energia chamada de quantum. Quando pula para uma órbita mais externa ele capta uma quantidade de energia.

E quando o electrão salta de uma órbita para outra, chama-se de salto quântico.

Quando nós tomamos contacto com estes princípios, ficamos atentos às possibilidades que existem à nossa volta e também às escolhas que essas possibilidades oferecem.

Diz Goswami, que as pessoas tornam-se, então, livres e criativas com a sua vida. E que também passamos a acreditar que podemos promover mudanças no nosso destino.

Segundo ele, esta nova postura é fundamental para ampliar a espiritualidade e fazer com que deixemos de valorizar apenas o que há de material à nossa volta.

Quando nós percebemos que existem possibilidades, deixamos de estar prisioneiras das circunstâncias. E também paramos de tentar exercer controlo da situação (cenas de controlo). Passamos a não definir as coisas antes dos acontecimentos.

E é a partir daí, que nós conquistamos o verdadeiro controlo sobre as nossas vidas, porque estamos a fazer escolhas, e não a tentar impor-nos escolhas.

Goswami também nos fala da consciência quântica. E diz ele que a consciência quântica é a percepção de que tudo está interligado. Que as coisas se relacionam entre si o tempo inteiro e que todos fazem parte desse mesmo “todo” e que a interacção é constante.
III – CURA QUÂNTICA

Pela “mão” do Dr. Chopra e da sua equipa, nos últimos anos surgiu uma abordagem da medicina, na qual a mente, a consciência e a inteligência ocupam papéis importantes.

A cura é viva, complexa, holística.

No Ayurveda, o requisito mais importante para a cura de qualquer desordem orgânica é um nível profundo e completo de relaxamento. Se alguém deseja restaurar a capacidade de cura do próprio organismo, é necessário que faça tudo para readquirir o equilíbrio.

Os pacientes bem-sucedidos aprenderam a motivar a própria cura e conseguiram, nos casos mais felizes, ir além. Descobriram o segredo da cura quântica. São os génios da união entre a mente e o corpo.

A cura quântica afasta-se dos métodos da alta tecnologia e penetra nos meandros mais profundos do sistema mente-corpo. É nesse núcleo que ela se inicia.

A mente influencia o corpo e pode levar à saúde ou à doença. Pessoas doentes ou saudáveis vivem em diferentes estados mentais.

As células humanas evoluíram até um estágio notável de inteligência.

O corpo tem uma mente própria.

A cada pensamento, a mente consegue mover átomos de hidrogénio, carbono, oxigénio e outras partículas das células cerebrais.

A mente e o corpo são como universos paralelos. Tudo o que acontece no universo mental necessariamente deixa sinais no físico.

Não vemos nossos corpos como pensamentos projectados, porque muitas mudanças físicas que eles causam são imperceptíveis. Elas envolvem alterações mínimas da química celular, da temperatura do corpo, da carga eléctrica, da pressão sanguínea e assim por diante – e nada disso é registado pela nossa observação. No entanto, podemos ter a certeza de que o nosso corpo é suficientemente fluido para espelhar qualquer evento mental. Nada se move sem movimentar o todo.

As últimas descobertas da neurobiologia reforçaram ainda mais a ideia dos universos paralelos da mente e do corpo.

Cada célula fala tão fluentemente quanto nós.

No nosso corpo, as perguntas e respostas prosseguem sem fim. Apenas uma pequena glândula, como a tiróide, tem tanto a dizer ao cérebro e às suas companheiras, as glândulas endócrinas, e através delas a todo o corpo, que essa cascata de conversas influencia dezenas de funções vitais como o crescimento, o índice metabólico e muito mais. A rapidez do nosso pensamento, a nossa estrutura, o tamanho dos nossos olhos, por exemplo, dependem em parte do conselho da tiróide.

Portanto, podemos concluir com segurança que a mente não fica confinada ao cérebro como numa divisão precisa, que serve a nossa conveniência. A mente projecta-se a qualquer ponto do universo interior.

Antes, a ciência declarava que somos máquinas físicas que, de alguma forma, aprenderam a pensar. Agora, desponta a ideia de que somos pensamentos que aprenderam a criar uma máquina física.

A memória de uma célula é capaz de viver mais tempo que a própria célula.

E em relação aos vícios, (…) parece que a memória das células é que se vicia com a substância que provoca o hábito e ela continua criando células distorcidas que reflectem sua fraqueza. Por outras palavras, um vício é uma memória distorcida.

A inteligência é livre para ir aonde desejar, mesmo até onde as moléculas não conseguem.

A inteligência tem muitas propriedades quânticas.

O DNA está constantemente a transferir mensagens do mundo quântico para o nosso, ligando novas partículas de inteligência e novas partículas de matéria.

No nível quântico, matéria e energia tornam-se algo que não é matéria nem energia.

Cada célula é um pequeno ser sensitivo. Esteja no fígado, no coração ou no rim, ela “sabe” tudo o que você sabe, mas à sua maneira.

(…) No instante em que a memória da saúde voltou, trouxe-lhe poder suficiente para durar uma vida inteira.


O corpo é criado pela consciência. A cura não é um processo físico, mas mental.

Conhecei a Verdade e a Verdade vos libertará …
Jesus de Nazaré

segunda-feira, 6 de abril de 2009

VIDA RENOVADA

"A energia divina dá origem à vida em toda a parte e domina-me.

Indefinível, o ato de viver e pensar, sentir e amar, alcança o clímax, no ser humano.

Essa energia poderosa em mim induz-me à captação de novos recursos para o crescimento e a auto-realização.

Escolho a opção da felicidade. Não cederei ao marasmo, às injunções perturbantes a que me acostumei. Sou vida em desdibramento.

Reergo-me, e adquiro novos padrões de pensamento, de ação, para tornar-me pleno.
*
A dádiva mais extraordinária que existe é a vida. Manifesta-se de formas variadas, obedecendo a ciclos rítmicos, com objectivos estabelecidos.

Não há como evitá-la, sequer procrastiná-la no seu cadenciado fatalismo, no rumo da perfeição.

A vida renova-se sem cessar, e esse fenómeno faz parte do seu processamento. O que se não renova, morre, transforma-se, perturba o mecanismo existencial.

Especialmente, a vida humana é um dom supremo, que deve ser preservada e utilizada com eficiência, dilatando-a ao máximo, a fim de se recolherem os benefícios que faculta.

Emanação divina, a vida é a presença do psiquismo superior manifestando-se em toda parte.

Aspirar e inundar-se dessa energia vital é ato de inteligência, aplicado à preservação de conquistas e ampliação delas.

Nesse incessante fluxo de energia eclodem as possibilidades inatas no ser, e ele apercebe-se da glória e da alegria de viver.
**
Para que a vida estue em abundância em ti, faze-lhe uma cuidadosa avaliação de como te sentes, como estás e que tens consguido.

Tem coragem para proceder a uma auto-análise consciente, responsável, enriquecedora, de forma que ao constatares os resultados negativos te disponhas ao enfrentamento revolucionário da mudança de crenças, pensamentos, hábitos, comportamentos, tudo quanto constitua obstáculo ao teu desenvolvimento, à valorização da vida e suas realizações.

Velhos hábitos arraigados, pensamentos viciosos, vontade enfraquecida, atavismos perniciosos, ressentimentos conservados, conspirarão contra o teu programa de renovação.

Constatarás a necessidade de mudanças, porém, todas as fixações da tua existência se sublevarão, impondo-te restrições, adiamentos, desestímulos...

Dentre os muitos fatores negativos que tentarão manter-te na postura de sofrimento ou de paralisia, há o medo do que dirão os outros, de como te verão os demais, do que te sucederá... Outros mecanismos perturbadores emergirão do inconsciente, pretendendo conservar-te no patamar em que estagias.

Acreditar-te-às cansado, idoso, jovem, desequipado de vontade, sem força moral, incapaz de enfrentar situações novas, e cederás à tentação de permanecer como te encontras: com problemas, angústias, insatisfação, insucessos...

Começa, assim mesmo, o teu programa, renovando as tuas velhas crenças, aquelas que te foram impostas por pessoas incapacitadas para educar-te, embora generosas, com suas opiniões depreciativas, seus conceitos servis, suas previsões funestas.

És capaz de superar o pessimismo e a falta de auto-estima que te foram impingindos e aceitaste sem relutância. Este é o teu momento, e não mais tarde, ou nunca mais.

Muda os teus pensamentos e raciocínios, direccionando-os para o êxito, que deves acreditar, e, empenhando-te, conseguirás.

Logo depois, passa à ação renovadora.
***
Os velhos hábitos criam fortes resistências e lutarão contra as tuas disposições de mudança.

Trata-se de um novo programa, que vivenciarás passo a passo, firmando-se, a pouco e pouco, até o momento dos bons resultados.

Não desistas, nunca, de te renovares para melhor, porquanto a vida não retorna às mesmas condições, circunstâncias e tempo, embora nunca cesse de manifestar-se e oferecer ensejos."

Joanna de Ângelis


(in Momentos de Saúde, psicografia de


Divaldo Pereira Franco)